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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Um dia

  Um dia
 Estava eu a caminhar,
Com meu olhar vago e perdido.
Quando avistei,
Um passarinho na beira da calçada.
Parei e pensei:
Como ele veio parar aqui!
Agora com ele em minhas mãos quentes e acolhedoras
Olho para cima,
Mas,
Não vejo nenhuma árvore de onde ele possa ter caído.
O cobri e o levei para minha casa;
Não sabendo ele em que mãos estavam,
Retorcia-se todo;
Talvez com medo;
Chegando a casa,
 Coloquei-o no banheiro enrolado em um pano;
Logo depois percebi que não era um local adequado para aquele passarinho,
Então,
Fiz um ninho para ele,
 Com enorme esmero,
E logo em seguida,
Dei-o mantimento.
Já sabendo ele que estava em boas mãos,
Cantava com enorme satisfação...
Quando estava com fome,
Piava
E imediatamente,
Eu o alimentava.
Muitas vezes o coloquei junto a mim
E assim ficávamos;
Muitas ao relento...
Um dia
Tive de sair
Deixei o só;
Achei que nada de mal iria lhe acontecer.
Quando cheguei,
Avistei
Aquele monte de penas esparramadas no chão,
Fui correndo até o seu ninho,
Mas,
Ele já não estava mais;
Era tarde demais;
Mas,
Um detalhe me chamou a atenção,
(A janela estava aberta)
Talvez um gato deva ter entrado e...
Agora penso:
Eu falhei,
Eu o abandonei.